Flexibilização do código de ética odontológico e as mídias sociais

Por Administrador

Edição V04N03 | Ano 2018 | Editorial Opinião | Páginas 69 até 71

Gustavo Barbalho Guedes Emiliano

“Viver em rede é se expor a críticas e julgamentos, é confrontar o estado da arte e a opinião balizada de especialistas. Nesse campo, a discussão é ainda mais interessante porque não faltam opiniões diferentes quando o assunto é o comportamento profissional nas mídias sociais. Na modernidade líquida, conceito introduzido pelo filósofo polonês Zygmunt Bauman (1925 – 2017), a combinação das tecnologias de informação e comunicação com uma sociedade de consumo veio a transformar profundamente a maneira como nos relacionamos com o mundo. O pouco tempo de utilização (por exemplo, o Instagram só foi lançado mundialmente em outubro de 2010) e a atenção insuficiente dos atores envolvidos na formação e fiscalização do exercício ético do cirurgião-dentista geram uma insegurança no pensar e agir eticamente, principalmente na vida profissional em rede. A Odontologia, como qualquer outra profissão, sempre foi desafiada a posicionar-se a cada novo meio de divulgação comercial, por exemplo: o jornal (1821), a revista (1876), o rádio (1930), a televisão (1950), a internet (1992) e, atualmente, as redes sociais (2004). Uma boa maneira de se observar as posições oficiais é ir aos textos legais produzidos à época e acompanhar as reedições. Todavia, me parece que um ponto neles nunca foi alterado ou colocado sob suspeição: a importância do sigilo…”

Emiliano GBG. Flexibilization of the Dental Code of Ethics and social media. J Braz Coll Oral Maxillofac Surg. 2018 Sept-Dec;4(3):69-71. DOI: http://dx.doi.org/10.14436/2358-2782.4.3.069-071.oar