Edição V04N03 | Ano 2018 | Editorial Artigo Original | Páginas 42 até 47
Gabriela Mayrink, Natália Gonçalves Amaral Avila, Jessika Barcelos Belonia
Introdução: o trauma facial pode ser considerado uma das piores agressões encontradas em hospitais públicos, devido às suas repercussões emocionais, funcionais, à possibilidade de deformidade e insatisfação com a estética, afastamento do trabalho e impacto econômico que causa no sistema de saúde. Métodos: foi realizado um estudo epidemiológico retrospectivo, por meio da análise de prontuários de pacientes atendidos no centro cirúrgico do Serviço de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial de um hospital público na cidade de Vitória/ES (Brasil), no período de setembro de 2014 a setembro de 2016. Foram analisados os pacientes encaminhados para atendimento em decorrência de traumas, e que deram entrada no centro cirúrgico desse hospital. Resultados: dos 355 prontuários analisados, 82% eram de pacientes do sexo masculino e 18%, do feminino. A maioria tinha entre 20 e 29 anos de idade. De todas as fraturas faciais, a de mandíbula foi a mais frequente (37,7%), e a maior causa do trauma facial foram os acidentes de trânsito (37,7%), seguidos de violência interpessoal (33,5%), queda (14,9%), acidente esportivo (7%), acidente do trabalho (2,3%), desconhecidos (3,7%) e iatrogênica (0,8%). Conclusão: os dados vistos nesse estudo mostram a necessidade de informação para a população em campanhas educativas, levando à prevenção do trauma facial.
Mayrink G, Avila NGA, Belonia JB. Epidemiological survey of face trauma in a public hospital in Vitória/ES (Brazil). J Braz Coll Oral Maxillofac Surg. 2018 Sept-Dec;4(3):42-7. DOI: http://dx.doi.org/10.14436/2358-2782.4.3.042-047.oar