Bichectomia: uma visão crítica

Por Administrador

Edição V04N03 | Ano 2018 | Editorial Artigo Original | Páginas 22 até 27

Beatriz Sobrinho Sangalette, Larissa Vargas Vieira, Juliana De Almeida Nascimento, Vanessa Interlichia Capelari, André Luís Shinohara, Clóvis Marzola, João Lopes Toledo Filho, Gustavo Lopes Toledo, Marcos Mauricio Capelari

Introdução: recentemente, um procedimento cirúrgico vem causando controvérsias quanto à sua aplicabilidade, seu prognóstico e sobre qual profissional seria apto a realizá-lo. Trata-se da bichectomia, técnica que visa a remoção do corpo adiposo da bochecha, que parece ser exequível para fins estéticos e funcionais, desde que a sua principal indicação seja para atender à necessidade primeira do paciente, quer ela puramente cosmética, com algumas ressalvas, quer relacionada à mastigação, dor e desconforto psicossomático. Outro questionamento está relacionado com a satisfação estético-funcional futura do indivíduo, dadas as desconhecidas consequências em longo prazo. Surgem indagações sobre qual profissional poderia realizar o procedimento: cirurgião plástico ou cirurgião bucomaxilofacial, haja vista que, mesmo com exaustivas discussões no âmbito jurídico, ainda assim existem lacunas e vieses de interpretação a respeito da competência de cada um para tal. Método: com intuito de elucidar tais questões, realizou-se uma revisão de literatura fundamentada na legislação e bibliografias pertinentes. Conclusões: a técnica é aplicável e com amparo legal tanto pelo médico quanto pelo cirurgião-dentista. Porém, no que tange aos aspectos legais, determinadas questões devem ser ponderadas quanto à sua exequibilidade e o prognóstico em longo prazo.

Sobrinho Sangalette B, Vieira LV, Nascimento JA, Capelari VI, Shinohara AL, Marzola C, et al. Bichectomy: a critical view. J Braz Coll Oral Maxillofac Surg. 2018 Sept-Dec;4(3):22-7. DOI: http://dx.doi.org/10.14436/2358-2782.4.3.022-027.oar