Edição V04N02 | Ano 2018 | Editorial Caso Clínico | Páginas 52 até 58
As fraturas zigomático-orbitárias são lesões faciais comuns e seu tratamento tem sido um desafio para o cirurgião. Como resultado desse tipo de trauma, podem ocorrer complicações significativas, incluindo diplopia, enoftalmo, distopia, restrição da motilidade ocular, perda da projeção zigomática, telecanto ou amaurose. O diagnóstico precoce e o correto tratamento têm o objetivo de restabelecer a forma e volume orbitário, função e estética da região. No entanto, diagnósticos errados ou um tratamento inicial inadequado podem levar a atraso no reparo e complicações secundárias. A capacidade de diagnóstico evoluiu drasticamente e o cirurgião, hoje, pode contar com imagens de tomografia computadorizada tridimensional, podendo ser utilizada para confeccionar um biomodelo para planejamento prévio. A disponibilidade de numerosos biomateriais para reconstrução óssea contribuiu para a evolução do manejo cirúrgico de fraturas orbitárias. Entre as opções para reconstrução secundária pode-se mencionar o uso de materiais autógenos, como calota craniana, os alógenos, que são pouco utilizados, e os aloplásticos, como a tela de titânio. Os tecidos autógenos ainda permanecem como material-padrão. O objetivo desse trabalho é descrever, por meio do relato de um caso, a utilização e as vantagens da combinação do enxerto autógeno com enxerto aloplástico nas reconstruções orbitárias, com o auxílio do biomodelo de prototipagem rápida.
Batista CEM, Melo TM, Santos IC, Sena JF, Rodrigues EDR, Bastos EG. Surgical treatment of zygomatic-orbital fracture sequelae with autogenous graft and alloplastic material. J Braz Coll Oral Maxillofac Surg. 2018 May-Aug;4(2):52-8. DOI: https://doi.org/10.14436/2358-2782.4.2.052-058.oar