Edição V04N02 | Ano 2018 | Editorial Artigo Original | Páginas 45 até 51
Larissa Fochesatto Restelato, Andrea Gallon, Felipe Lange, Tharzon Barbieri
Introdução: É muito comum a demanda de pacientes com algum agravo sistêmico, contribuindo para o aumento de situações de emergências médicas no atendimento odontológico. É imprescindível que o cirurgião-dentista esteja preparado, técnica e psicologicamente, para a prestação imediata de socorro numa eventual situação de risco iminente de morte. Objetivo: o presente estudo objetivou verificar o conhecimento dos acadêmicos de Odontologia das fases finais, referente ao manejo de choque anafilático, obstrução das vias aéreas e parada cardiorrespiratória. Métodos: a pesquisa, de caráter quantitativo e transversal, alocou 53 acadêmicos, os quais responderam a um questionário estruturado, de múltipla escolha. Como tratamento estatístico, foi utilizado o teste t de Student com significância p<0,05. Resultados: os principais achados demonstram que, embora os acadêmicos identifiquem as causas, sinais e sintomas de choque anafilático, 75% não souberam como tratá-lo. Semelhantemente, no engasgo, 66% não sabiam como tratá-lo, a despeito do reconhecimento do agravo. Para a parada cardiorrespiratória, 87% não reconheceram os sinais e sintomas, e 96% não conheciam a reanimação. Conclusão: esse estudo ratifica os achados da literatura, onde a maioria dos profissionais não está apta a atender essas situações. Cabe aos cursos de graduação repensarem o ensino de modo a preparar melhor o profissional que ingressa no mercado.
Restelato LF, Gallon A, Lange F, Barbieri T. Medical emergencies in dentistry: academic knowledge – a ten-year comparative study. J Braz Coll Oral Maxillofac Surg. 2018 May-Aug;4(2):45-51. DOI: https://doi.org/10.14436/2358-2782.4.2.045-051.oar