Acidentes automobilísticos no Brasil: estudo observacional da Operação Lei Seca

Por Administrador

Edição V01N03 | Ano 2015 | Editorial Artigo Original | Páginas 27 até 32

Gabriela Granja Porto, Caio César Gonçalves Silva, Vinícius Balan Santos Pereira, Juliana Job De Oliveira, Antonio Azoubel Antunes, Jefferson Figueiredo Leal

Introdução: para diminuir os índices de morbidade causada pela associação entre o uso de álcool e a condução de veículos automotores, foram instituídas campanhas educacionais aliadas à criação de leis rigorosas. Objetivo: o objetivo do presente trabalho foi realizar um levantamento epidemiológico dos dados decorrentes de acidentes automobilísticos no Brasil. Metodologia: foi realizado um estudo descritivo observacional dos dados epidemiológicos dos acidentes de carro ocorridos no período de 2003 a 2013. Os dados foram coletados do DATASUS, no website do Ministério da Saúde. Foram obtidos os números anuais de autorizações de internações hospitalares (AIHs) pagas, valores gastos e dias de internamento. Após a coleta dos dados, foi utilizado o software Microsoft Excel® para tabulação dos dados. Os resultados foram avaliados cinco anos antes e cinco anos depois do ano de 2008, quando foi implantada a “Lei Seca”. Resultados: nesses dez anos analisados, pode-se observar que os números de AIH pagas foram liderados pela região Sudeste, e aumentaram gradativamente em todas as regiões até 2008, quando esse número sofreu uma queda. Com relação ao valor médio gasto por internamento, em todas as regiões houve um aumento durante os dez anos, partindo de um valor médio de mil reais, em 2003, até valores superiores a dois mil reais, em 2013. A média de internação variou de seis a oito dias nas cinco regiões do país. Conclusões: observou-se diminuição das taxas de internações envolvendo acidentes automobilísticos, desde que houve o aumento no rigor da Operação Lei Seca.

Porto GG, Silva CCG, Pereira VBS, Oliveira JJ, Antunes AA, Leal JF. Acidentes automobilísticos no Brasil: estudo observacional da Operação Lei Seca. J Braz Coll Oral Maxillofac Surg. 2015 set-dez;1(3):27-32. DOI: http://dx.doi.org/10.14436/2358-2782.1.3.027-032.oar