Edição V01N01 | Ano 2015 | Editorial Caso Clínico | Páginas 46 até 52
A reconstrução de defeitos mandibulares adquiridos devido à cirurgia ablativa ainda é um desafio. O padrão ouro no tratamento é a instalação de placas de reconstrução de titânio em associação com enxerto ósseo. O uso de oxigenoterapia hiperbárica (OHB) é um complemento interessante para a reconstrução óssea, pois estimula a angiogênese e a osteogênese, muito importantes durante a incorporação do enxerto ósseo não-vascularizado. O presente artigo descreve a abordagem de um osteoblastoma mandibular em uma mulher de 30 anos, em que o tratamento de escolha foi a ressecção do tumor com a manutenção de base mandibular. A paciente foi submetida a 10 sessões prévias de oxigenoterapia hiperbárica e a outras 40 após a reconstrução. O enxerto não-vascularizado de crista ilíaca foi realizado 12 meses depois da primeira cirurgia. Seis meses após a reconstrução mandibular, foi possível observar a preservação do contorno mandibular e estética facial. A radiografia panorâmica revelou bom posicionamento do enxerto ósseo e manutenção de volume ósseo. A reconstrução mandibular é extremamente importante para a reabilitação do paciente submetido à ressecção óssea. O uso da oxigenoterapia hiperbárica na reconstrução mandibular é um complemento importante para o sucesso do tratamento; no entanto, mais estudos são necessários para estabelecer as melhores formas de reabilitação.
Oliveira MTF, Paulo LFB, Rodrigues AR, Mendonça LS, Zanetta-Barbosa D. Oxigenoterapia hiperbárica associada a reconstrução mandibular. J Braz Coll Oral Maxillofac Surg. 2015 jan-abr;1(1):46-52. DOI: http://dx.doi.org/10.14436/2358-2782.1.1.046-052.oar